
Homem condenado a 20 anos de prisão por ter matado namorada no Paião em janeiro deste ano
O Tribunal de Coimbra (na imagem) condenou, no dia 5 de dezembro, um indivíduo, de 37 anos, por ter matado a sua companheira com recurso a uma faca de cozinha, na freguesia do Paião, concelho da Figueira da Foz, a 17 de janeiro, deste ano.
O indivíduo foi, inda, condenado a pagar uma indeminização de 130 mil euros, à filha da vítima, aplicando, ainda, a pena acessória de expulsão do país deste homem, que residia, em Portugal há 14 anos.
Para a aplicação da pena, o tribunal teve em consideração o número de facadas e a força nos golpes (a faca de 19 centímetros ficou ensanguentada até ao cabo), o facto de o crime ter sido no quarto do casal, o arguido ter abandonado a habitação, sem prestar socorro à vítima e a filha da sua companheira, de 13 anos, ter sido deixada sozinha no seu quarto.
Para atenuação da pena, o Tribunal de Coimbra notou que o arguido acabou por contactar os serviços de emergência, entregou-se às autoridades, não tinha cadastro, fez uma confissão praticamente integral do crime em julgamento (apesar de o coletivo notar que haveria prova para a condenação sem confissão) e tem um comportamento conforme, na prisão onde cumpre a pena preventiva.
Ao contrário da acusação, o coletivo de juízes considerou que não ficou provado de que a vítima estava deitada na cama quando sofreu as facadas do companheiro e deu como provado de que tudo se teria iniciado a partir de uma discussão, entre, o casal.
Apesar de o arguido muito provavelmente não conseguir pagar a indemnização (encontrava-se desempregado à altura dos factos), o Tribunal de Coimbra explicou que a filha da vítima poderá vir a recuperar algum do valor com recurso ao Fundo de Garantia de Vítimas.
Dirigindo-se ao arguido, o presidente do coletivo vincou que este privou a jovem da sua mãe “sem razão de particular relevo”, tirando a vida à sua companheira, de forma “particularmente violenta”.
Durante o julgamento, o homem, confessou ter matado a namorada, esclarecendo, que teria havido uma discussão antes do crime.